quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Penha de França - Um dos bairros mais tradicionais de São Paulo

A Penha de França, ou apenas "Penha" é um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, situada na zona leste, está a 13 kms do centro de São Paulo. O bairro é referência em serviços e lazer na zona leste, possui um comércio forte e um transito pesado, porém sem perder toda a sua tradição, é sobre esse lugar simpático que iremos falar hoje.

Penha de França

A lenda do viajante francês - O início de tudo:

Conta-se que um viajante francês que percorria o Brasil, pernoitou uma noite na região aonde hoje está o bairro da Penha, em seus pertences trazia uma imagem de Nossa Senhora. Na manhã seguinte prosseguiu sua viagem, algum tempo depois notou que tinha perdido a imagem, devoto de Nossa Senhora retornou ao local e percebeu que a imagem se encontrava ali no mesmo local aonde dormiu na noite passada, tomou novamente posse da imagem e seguiu seu caminho. Horas depois percebe que a imagem se perdeu novamente, retornando ao mesmo lugar encontra a imagem da mesma forma que a encontrou na primeira vez.
O francês então resolve construir uma capela no local, a notícia se espalhou e o povo começou a realizar peregrinações ao local.
Verdade ou lenda, a capela erguida pelo francês marcou o início do crescimento do que é hoje a Penha de França.
No local aonde foi erguida a capela, foi construída e Igreja de Nossa Senhora da Penha, e ao lado a Capela de Nossa Senhora do Rosário, construída pela Irmandade dos Homens Pretos de Penha de França, por volta do ano de 1802. A capela foi construída propositalmente de costas para a Igreja da Penha e de frente para a "periferia", pois os negros eram proibidos de frequentar a igreja.
O nome "Penha" significa: Penhasco ou rochedo, e faz referência a topografia da região que está no topo de um rochedo e o "de França" é uma alusão ao viajante francês fundador da primeira capela da região. O bairro é um dos mais antigos de São Paulo, sua fundação foi no ano de 1660.
A arquitetura do século XIX é presente nas ruas e vielas do centro histórico do bairro, e contrastam com o comércio, trânsito em suas ruas estreitas e o grande fluxo de pessoas, mas o bairro não deixa de lado sua vocação religiosa, todos os anos é realizada a Festa de Nossa Senhora do Rosário e também a Festa de São Benedito, sempre no Praça de Nossa Senhora da Penha, em frente a Igreja de Nossa Senhora da Penha e da Capela de Nossa Senhora do Rosário.
As festas contemplam manifestações litúrgicas, religiosas e artísticas que resgatam a história do bairro, a praça é decorada de acordo com o tema e com moradores do bairro assistindo as missas durante os dias de festa vestidos como escravos e acorrentados.

Penha de França atualmente - O que o bairro tem de melhor:

Mercado Municipal da Penha: Um dos maiores da cidade, é referência para quem procura comprar frutas, verduras, carnes, especiarias a preços baixos, ou simplesmente apreciar um bom pastel com caldo de cana bem geladinho!

Mercado Municipal da Penha

Igreja de Nossa Senhora da Penha: Construida em uma das colinas mais altas do bairro, pode ser avistada de vários bairros da zona leste, a torre é aberta para visitação, sempre guiada por um membro da congregação, e a vista de lá é impressionante, é possível avistar grande parte da zona leste, parte do centro, da zona norte, além da cidade de Guarulhos.

Igreja de Nossa Senhora da Penha


Aniversário da Penha: O bairro comemora seu aniversário todo dia 08 de setembro com missas, procissão e uma grande queima de fogos, além do tradicional encontro de corais no Largo do Rosário.

Clube Esportivo da Penha: Inaugurado em 1930, é palco de grandes festas e confraternizações, possui um imenso salão nobre, churrasqueiras e salões de jogos.

Parque Linear Tiquatira: Ao longo da Avenida Governador Carvalho Pinto (ou Avenida Tiquatira), atrai moradores do bairro com suas opções de lazer: Campos de futebol, Pistas de cooper, áreas de convivência e anfiteatro, pista de skate, ciclovias e locais para caminhada. Na Avenida Tiquatira além do parque estão situados vários restaurantes e lanchonetes.

Parque Linear Tiquatira

A constante valorização do bairro nos últimos anos a colocou junto com o Tatuapé, a Moóca e o Jardim Anália Franco no posto de bairro de "elite da zona leste paulistana". 

Como chegar: A Penha está em localização privilegiada, na entrada da zona leste tem fácil acesso pela Marginal Tietê e pela Radial Leste para quem vem de carro, para quem utiliza o transporte público a melhor opção é a Linha 3 - Vermelha do Metrô que possui uma estação no bairro, além de linhas de ônibus saindo do Terminal Parque Dom Pedro II e que trafegam pela Avenida Celso Garcia em trajeto direto até o bairro levando em torno de 25 minutos.

Estação Penha do Metrô


terça-feira, 28 de junho de 2016

Estrada de Santa Inês - São Paulo vista dos altos da Cantareira

A Serra da Cantareira abrange grande parte da zona norte de São Paulo, além dos municípios de Mairiporã, Guarulhos e Caieiras. Muitos bairros da zona norte cresceram em suas encostas, mas a Serra revela características distintas de grande parte da cidade, como o clima ameno e seus pontos turísticos alguns bem conhecidos como por exemplo o Horto Florestal e o Parque da Cantareira.
Há diversas avenidas que atravessam a serra, como por exemplo: Avenida Coronel Sezefredo Fagundes, Avenida Sen. José Ermírio de Moraes/Estrada da Roseira, além da Rodovia Fernão Dias, e hoje irei falar sobre uma dessas avenidas que cortam a serra, a Estrada de Santa Inês, que passa por bairros importantes da zona norte, pontos turísticos e bairros encravados no meio da serra até chegar ao seu final, na cidade de Mairiporã, as margens da Represa Paiva Castro.

Bairro do Mandaqui - Zona Norte de São Paulo


Horto Florestal de São Paulo

O início:
No bairro do Mandaqui, muito conhecido na zona norte pelo seu complexo hospitalar, um dos maiores da cidade e por seus prédios de alto padrão, tem início a rota de 24kms, ainda como Avenida Santa Inês. Seu início está no mesmo cruzamento aonde termina a Rua Voluntários da Pátria, uma das mais importantes da região. O primeiro trecho segue acompanhando as características do Mandaqui, residências, condomínios, pouco comércio e pouco trânsito, e irá seguir assim até o acesso ao Horto Florestal, através da Rua do Horto. Nessa região, a paisagem muda: O verde toma conta e o clima característico de serra também já tem suas primeiras aparições. Os bairros a seguir são margeados pelo Horto e possuem casas de alto padrão, como por exemplo a Vila Amália e a Pedra Branca, que inclusive é o último bairro antes de começar a subida da serra. Após passarmos o posto da Guarda Florestal em Pedra Branca, a Avenida Santa Inês muda de nome para Estrada de Santa Inês, e o trecho de serra tem início, as primeiras subidas são íngremes e com poucas curvas e já é possível ter uma visão linda da cidade de São Paulo vista do alto da serra e vai seguir assim até a divisa com a cidade de Mairiporã, aonde há um portal de acesso, a pista é simples e não permite muitas ultrapassagens,e assim chegamos ao topo da serra, no bairro Santa Filomena. Na beira da estrada estão muitos restaurantes, bares e aquele clima bucólico de serra.
Começando a descida, a estrada adentra em uma parte do município de Caieiras, mais precisamente no Parque Suíça, e nessa parte do trecho uma visão impressiona, é o Castelo dos Arautos, uma construção com caraterísticas medievais encravada no meio da serra.
A parte da descida requer mais atenção do motorista, pois as curvas são frequentes e a grande maioria fechada, e a pista simples e sem acostamento torna o trecho perigoso, no final da descida voltamos ao município de Mairiporã, no bairro Sausalito, e logo após passar o bairro, a estrada chega ao seu final, margeando a esquerda um braço da Represa Paiva Castro, e o final é no cruzamento com a SP-023 (Rodovia Prefeito Luis Salomão Chamma, ou Estrada do Governo), que faz a ligação entre as cidades de Mairiporã e Franco da Rocha, margeando a represa, seguindo para a direita está Mairiporã, e a esquerda Franco da Rocha, a Represa Paiva Castro pertence ao Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água de grande parte da região metropolitana e cidades do interior paulista e é de grande importância para a região.

Castelo dos Arautos
Divisa São Paulo/Mairiporã
Para quem deseja conhecer a Estrada de Santa Inês, o acesso de carro pode ser feito de duas formas:
Pela Rodovia Fernão Dias, até o acesso à cidade de Mairiporã, adentrando ao centro da cidade e seguindo pela Estrada do Governo no sentido para Franco da Rocha, ou pela zona norte de São Paulo, pelo bairro de Santana, seguindo pela Rua Voluntários da Pátria até o seu final, no bairro do Mandaqui, a Avenida Santa Inês é sua continuação natural.
De ônibus existe uma linha saindo do bairro de Pedra Branca em São Paulo, rumo ao centro de Mairiporã indo pela Estrada de Santa Inês, seu prefixo é 281. Recomendo consultar antes os horários pois são poucos, para chegar até a Pedra Branca há duas opções saindo do Metrô Santana, as linhas 1756/10 e 2740/10.

Final da Estrada de Santa Inês, as margens da Represa Paiva Castro, e ao fundo a SP-023, ligação entre Mairiporã e Franco da Rocha.

domingo, 1 de maio de 2016

Avenida Sapopemba - A mais longa do Brasil

Início da Avenida Sapopemba - Água Rasa/SP
A Avenida Sapopemba é a maior avenida do Brasil, atravessa a Zona Leste e também os limites de São Paulo, passando pela cidade de Mauá e terminando na cidade de Ribeirão Pires. Em seu traçado de 45 quilômetros estão em torno de 40 bairros, com características diferentes entre si e hoje irei falar um pouco sobre essa via importante da capital e da região metropolitana.
O inicio da Avenida Sapopemba está no bairro da Água Rasa, bem no começo da região leste paulistana, na Avenida Salim Farah Maluf, bem próximos aos conhecidos bairros do Tatuapé e Moóca, de lá segue ao leste rumo a Ribeirão Pires, aonde termina no bairro Santa Luzia, na Avenida Francisco Monteiro. Até lá são muitos os contrastes, regiões comerciais com transito complicado, bairros rurais e periféricos, trechos de pista simples e asfalto em péssimas condições, trechos com pistas mais largas e canteiro central, em muitos trechos a Avenida segue o mesmo traçado da Adutora do Rio Claro, que é responsável pelo abastecimento de água de grande parte da Zona Leste de São Paulo, trazendo água do sistema Rio Claro para o reservatório do Alto da Moóca que é o maior de São Paulo, em alguns trechos da Avenida é visível a tubulação exposta.

Reservatório da Moóca - o maior de São Paulo 
  
Tubulação da Adutora do Rio Claro exposta no canteiro central da Avenida Sapopemba.


O nome deriva do tupi-guarani: sapo (raiz) e pema (que se projeta para fora). Esta era a denominação de algumas espécies de árvores cujas raízes se projetam para fora da terra e entrelaçam o tronco (grandes figueiras gameleiras) e eram abundantes na região.
No século XIX, existiam diversas estradas “rurais” que faziam a ligação do núcleo urbano de São Paulo com diversas localidades. Assim era a “Estrada de Sorocaba” (hoje R. da Consolação e a sua derivação para Pinheiros) e a “Estrada de Jundiaí “ (hoje um trecho da Av. São João, Gal. Olímpio da Silveira e a sua continuação pela Água Branca. Todas essas antigas estradas (hoje avenidas) sofreram alterações em seus traçados e, principalmente, em suas denominações.
Apesar de algumas retificações, a Av. Sapopemba permanece basicamente com seu traçado original e, mais importante, conservando a sua denominação original. No inicio, ainda no século XIX, a estrada de Sapopemba era uma estrada de terra batida utilizada por tropeiros e pequenos sitiantes que por ela fazia chegar seus produtos até a cidade. Porém, uma grande transformação ocorreria já nos últimos anos do século XIX e princípios do século XX. O rápido processo de crescimento e urbanização pelo qual passou a cidade de São  Paulo naquele período, fez surgir diversos loteamentos entre a Moóca e o Tatuapé. Dentre eles, estavam a Vila Formosa e a Vila Prudente. Entretanto, todos os novos loteamentos (hoje bairros) conservaram o traçado da estrada  de Sapopemba, uma vez que ela era por demais tradicional e constituía uma histórica ligação de toda a Zona Leste até o centro da cidade. Entre 1910 e 1930 surge ao redor da estrada numa antiga gleba de terra conhecida como “Fazenda Sapopemba”, o atual bairro.
Alguns bairros importantes em seu trajeto são: Água Rasa, Vila Diva, Santa Clara, Jardim Colorado, Jardim Grimaldi, Jardim Sapopemba, Fazenda da Juta, Cidade São Mateus, Jardim Ester, Promorar Rio Claro e Terceira Divisão em São Paulo, Capburgo, Vila Feital, Chácara São Lúcido em Mauá, e finalmente em Ribeirão Pires os bairros de Quarta Divisão, Pilar Velho, Jardim Petrópolis e Santa Luzia.
Os bairros do inicio da Avenida possuem características mais comerciais do que residenciais e segue assim até Cidade São Mateus, nesse trecho estão o Mercado Municipal de Sapopemba, o Hospital Estadual de Sapopemba, os terminais de ônibus Sapopemba e São Mateus.

Mercado Municipal de Sapopemba - Antônio Gomes

Terminal Metropolitano de São Mateus
Os bairros após São Mateus até o limite com a cidade de Mauá, são bairros residenciais e periféricos, e este trecho é o mais crítico do traçado, após o início da Avenida dos Sertanistas, a Avenida Sapopemba ganha outro nome: Estrada do Rio Claro, e segue por um trecho de péssimas condições, com muitas curvas e asfalto quase inexistente até o bairro da Terceira Divisão e mais um pouco a frente o limite do município de São Paulo, após passar o limite e adentrar a cidade de Mauá, o nome mudará novamente de Estrada do Rio Claro, para Estrada de Sapopemba, e este trecho é administrado pelo DER-SP, em Mauá o asfalto fica melhor, porém há poucos bairros e algumas empresas em seu traçado e uma paisagem que já mostra a proximidade da região com o inicio da Serra do Mar e o clima de serra também já aparece, com quedas de temperatura e ocorrência de neblina em alguns horários do dia e noite, e adentrando em Ribeirão Pires, não há muitas mudanças, as paisagens já são mais rurais e bucólicas, e com características já da região serrana.

Estrada de Sapopemba no Capburgo em Mauá - Trecho sob administração do DER-SP.
Estrada do Rio Claro no bairro de Terceira Divisão, um dos trechos mais críticos.

quinta-feira, 17 de março de 2016

A ligação entre Guarulhos e São Paulo

As duas maiores cidades do estado de São Paulo são vizinhas e conurbadas. A ligação entre Guarulhos e São Paulo e vice-versa é o deslocamento entre cidades de uma Região Metropolitana com o maior número de viagens em todo o país. E a única maneira atualmente de realizar o trajeto entre as duas cidades via transporte público é através de ônibus. Diversas linhas saem de bairros de Guarulhos e vem direto á São Paulo. As maiores concentrações de pontos finais em São Paulo para Guarulhos estão no Metrô Armênia, Metrô Brás, Metrô Tucuruvi e no bairro da Penha na zona leste paulistana. Outros pontos com menor concentração estão em São Miguel Paulista, no Terminal Rodoviário do Tietê e na região do Paraíso.

Metrô Armênia - Principal ponto de embarque de linhas para Guarulhos


Apesar de serem cidades de grande porte e independentes a ligação é forte, em Guarulhos está o Aeroporto Internacional de São Paulo (Governador Franco Montoro ou simplesmente Aeroporto de Cumbica), além de um grande número de indústrias que geram empregos para moradores da cidade e também das cidades vizinhas como São Paulo. Há também um grande número de bairros dormitório, aonde seus moradores dependem do ônibus intermunicipal para chegar tanto ao centro de Guarulhos como à São Paulo.
O maior eixo de ligação entre as duas cidades é a Rodovia Presidente Dutra, e grande parte das linhas intermunicipais trafegam por ela, outras vias de ligação são a Avenida Guarulhos, Estrada Presidente Juscelino K. de Oliveira e o bairro de Vila Galvão que faz divisa entre as duas cidades tendo como limites o Córrego Cabuçú de Cima (de um lado do córrego está Guarulhos, do outro São Paulo). Todas as vias que ligam as duas cidades possuem um transito intenso e congestionamentos nos horários de pico além de um grande fluxo de ônibus.

Via Dutra - Principal via de acesso de Guarulhos para São Paulo e vice-versa.

Os trajetos não são otimizados e não há uma racionalização das linhas, por exemplo: Todas as linhas que atendem a região de Bonsucesso e do Bairro dos Pimentas e vão para o Metrô Armênia utilizam a Estrada Presidente Juscelino, o Trevo de Bonsucesso e a Via Dutra, com exceção de algumas linhas expressas ou atendimentos que só operam nos horários de pico. Todo este trecho tem grandes índices de congestionamento, talvez desviando o itinerário de algumas destas linhas para a Rodovia Ayrton Senna, poderiam desafogar o trecho, ou até implantar uma faixa exclusiva na Via Dutra desde a Marginal Tietê até o Trevo de Bonsucesso.
As linhas que vão para a Penha e o Metrô Brás, sofrem com o transito intenso da Avenida Guarulhos, principalmente na região do Shopping Internacional.
A solução mais eficiente infelizmente ainda irá demorar para funcionar que seria a linha 13 - Jade da CPTM. Guarulhos necessita urgente de uma ligação por trilhos com São Paulo, que seria mais confiável e reduziria drasticamente o tempo de viagem entre as duas cidades, e traria uma ligação mais rápida entre o Aeroporto e o centro de São Paulo que hoje só pode ser feita de forma direta com os ônibus executivos do Airport Service.

Obras da Linha 13 - Jade da CPTM que fará a ligação entre o Aeroporto de Guarulhos e São Paulo.

As empresas que operam as linhas entre Guarulhos e São Paulo são:

Guarulhos Transportes S/A - Opera basicamente servindo as regiões do Centro, Cocaia, Vila Rio, Itapoã, Adriana, Parque Mikail, Santos Dumont, Paes de Barros e Parque Continental, em São Paulo atende o bairro da Penha, Metrô Brás e Metrô Armênia.

Ônibus da Guarulhos Transportes

E.O. Vila Galvão - Atende as regiões de Vila Galvão, Jardim Acácio, Taboão, Bom Clima, Jardim Palmira, Jardim Cumbica, Bairro dos Pimentas e Bonsucesso, além do centro de Guarulhos, em São Paulo atende o Metrô Tucuruvi e Metrô Armênia.

Ônibus da E.O. Vila Galvão

Real Transportes Metropolitanos - Faz a ligação entre as regiões do Fortaleza, Jardim São João, Jardim Lenize, Lavras, Jardim Presidente Dutra e Inocoop ao Metrô Armênia.

Viação Atual - Opera entre a região do Taboão e as estações Brás e Penha do Metrô.

Viação Transdutra - Opera entre a região do Ponte Alta, Lavras e Vila Carmela até o Metrô Armênia.

Serveng Transportes - Faz a ligação através de ônibus executivos do Aeroporto Internacional até o centro de São Paulo, Circuito Hoteleiro e Terminais Rodoviários do Tietê e Barra Funda, e com ônibus convencionais até o Metrô Tatuapé.

Ônibus convencional da Serveng Transportes
Ônibus executivo da Serveng Transportes


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Santo Amaro - Um pouco de um dos principais bairros de São Paulo

O distrito de Santo Amaro localizado na Zona Sul da capital é o tema da postagem de hoje.
Local de grande importância comercial e de serviços para toda a Zona Sul é um dos maiores bairros da cidade, servindo como referência de serviços para bairros próximos como por exemplo: Campo Limpo, Capão Redondo, Jardim Ângela e Grajaú. E também para municípios próximos como: Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu e Taboão da Serra.
Um dos maiores símbolos do comércio popular em São Paulo é o Largo 13 de Maio segundo maior pólo de comércio popular da cidade atrás apenas da Rua 25 de Março. Bem próximo ao largo está a Estação de mesmo nome que faz parte da Linha 5-Lilás do Metrô e o Terminal de Ônibus de Santo Amaro, um dos maiores da cidade.
Largo 13 de Maio - Segundo maior pólo de Comercio Popular em São Paulo

A região sofreu no passado uma forte colonização alemã, tendo traços mais fortes hoje aonde é o Distrito de Parelheiros, aonde estão o bairro de Colônia (no local é celebrado todos os anos um festival de cultura alemã) e também traços desta colonização estão em nomes de algumas ruas e avenidas da região tais como: Rua Jackson Pollock, Avenida Paulo Guilguer Reimberg, e outras.
Colônia Fest - Festival de Tradições Alemãs, realizado todo ano no bairro de Colônia (extremo sul da capital).


A criação do município de Santo Amaro

No ano de 1832 Santo Amaro se emancipou separando-se de São Paulo, sendo elevado a categoria de município em 07 de Abril de 1833. O município englobava toda a região ao sul do Córrego da Traição (Hoje canalizado abaixo da Avenida dos Bandeirantes), parte dos bairros de Vila Mariana e Saúde, toda a região do Ipiranga e Água Funda indo até o inicio da Serra do Mar e também os territórios correspondentes nos dias atuais aos municípios de: Itapecerica da Serra, Embu, Embu-Guaçu, Taboão da Serra, São Lourenço da Serra, Juquitiba, Mauá, São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul, Ribeirão Pires, e Rio Grande da Serra.
No ano de 1886 com a presença do Imperador Pedro II foi inaugurada a Estrada de Ferro São Paulo a Santo Amaro, seu traçado seguia por onde hoje estão a Avenida da Liberdade, Rua Vergueiro, Rua Domingos de Moraes e Avenida Jabaquara (O traçado foi aproveitado para a construção da Linha 1 do Metrô anos mais tarde). A partir da Avenida Jabaquara ela descia pelas proximidades de onde está instalado o Aeroporto de Congonhas, indo até o centro do município.
Em 1919 esta linha foi desativada e substituída por uma linha de bondes que seguia um trajeto diferente a partir da Rua Domingos de Moraes, seguindo pela Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, atendendo as regiões aonde hoje estão os bairros de Indianópolis, Brooklin Paulista, Campo Belo e Alto da Boa Vista, este traçado deu origem as avenidas Ibirapuera e Vereador José Diniz.
Em 1899, foi inaugurada a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro e, em 1924, a igreja Matriz de Santo Amaro (atual catedral de Santo Amaro, pois em 30 de maio de 1989 o papa João Paulo II criou a diocese de Santo Amaro, desmembrando a região da arquidiocese de São Paulo).

A reincorporação do município

O Decreto assinado em 1935 determinou a extinção do município de Santo Amaro, incorporando-o ao território de São Paulo. As principais razões foram a construção do Aeroporto de Congonhas, este sendo inaugurado em 1934  (Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o aeroporto Campo de Marte foi ocupado pelas tropas rebeldes, o que levou o Governo de Getúlio Vargas a procurar locais alternativos para o transporte aéreo em São Paulo). Outra razão foi o endividamento no município, cujas dívidas foram pagas por São Paulo. A área recém incorporada foi dividida em quatro distritos: Santo Amaro, Ibirapuera, Capela do Socorro e Parelheiros.
Aeroporto de Congonhas - Um dos fatores predominantes para a reincorporação de Santo Amaro ao município paulistano.


Hoje Santo Amaro reúne várias características em um único território: Comércio Popular na região do Largo 13 de Maio, Industrias nas regiões de Jurubatuba e Campo Grande, edifícios de grande porte, comércios e hotelaria de alto padrão nas regiões do Brooklin, Vila Andrade, Alto da Boa Vista e Chácara Santo Antônio. Em Santo Amaro estão localizados Shoppings, Faculdades, Bibliotecas e Teatros, tornando o distrito uma opção referência em toda a Zona Sul e cidades próximas.
É atendido pelas linhas 5-Lilás do Metrô, e a linha 9-Esmeralda da CPTM e em seu território estão localizados dois terminais de Ônibus: Santo Amaro, João Dias além da Estação de Transferência Guido Calói.
Os principais acessos são a Avenida Santo Amaro, Marginal Pinheiros, Avenida Vereador José Diniz, Avenida Washington Luís e Avenida Interlagos, dentro do bairro suas vias principais são a Avenida Adolfo Pinheiro, Avenida João Dias, Avenida Nossa Senhora do Sabará, e Avenida das Nações Unidas.
Avenida Ibirapuera - Outrora caminho de bondes, hoje é um dos principais acessos à Santo Amaro.


Terminal Santo Amaro - Um dos maiores da cidade


Santo Amaro é uma região em constante crescimento e devido a sua distância do centro de São Paulo é necessária a independência que a mesma possui.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Ar Condicionado nos ônibus urbanos de São Paulo

Desde o final do ano passado a SPTrans exige que todos os ônibus novos que entrarem no sistema deverão vir entre outras exigências equipado com Ar Condicionado. Não é a primeira vez que a gestora solicita ônibus urbanos com este equipamento para operação em São Paulo, a primeira vez foi na licitação de 2003, porém poucas empresas trouxeram carros equipados com ar, a unica que fez a compra em grande escala foi a Viação Campo Belo que opera na Zona Sul da cidade, que trouxe carros convencionais, padrons e articulados com ar, outras que trouxeram alguns foram a Santa Brígida (3 veículos), Gatusa (2 veículos) e Sambaíba (1 veículo). Na época a manutenção precária do equipamento e a falta de treinamento dos operadores fez com que este fosse alvo de muitas reclamações dos usuários, as mais comuns eram: Mau cheiro saindo do equipamento, gotejamento e temperatura inadequada (ou muito fria ou muito quente), e proliferação de doenças respiratórias fazendo com que a SPTrans voltasse atrás em sua decisão, a grande maioria dos ônibus tiveram seus aparelhos de ar desligados e as janelas abertas, outros rodaram com o aparelho funcionando até o fim de sua vida útil.


Ônibus da Viação Campo Belo já operando com o Ar Condicionado desligado, este carro foi adquirido na primeira vez que a SPTrans solicitou as empresas à compra de veículos com o equipamento.
No ano de 2015 a SPTrans voltou a exigir o ar condicionado em veículos novos e as empresas ao contrário da primeira vez estão aderindo a nova exigência e trazendo muitos carros novos com o equipamento em duas configurações de janelas (as totalmente seladas, com escotilhas de emergência para o caso de falha no aparelho, e janelas com aberturas normais porém travadas). Como usuário frequente dos ônibus urbanos de São Paulo tenho aprovado estes novos veículos, em dias de calor mais intenso, ele ajuda a tornar a viagem mais agradável, porém devemos salientar que:
*As empresas precisam além de cumprir a exigência de compra, zelar pelo bom funcionamento do aparelho, e dar treinamento adequado para seus operadores quanto ao funcionamento e regulagem correta da temperatura de acordo com a temperatura externa, além de fazer a manutenção na garagem, troca e limpeza dos filtros e evitar o mau cheiro e gotejamento dentro do coletivo.
*Os usuários devem ter também a consciência de que o aparelho é funcional e para seu próprio conforto, os maiores problemas causados pelos usuários são: Entupimento das saídas de ar dentro do coletivo ou quebra das tampinhas das mesmas;
Nos carros equipados com as janelas seladas, utilizar as escotilhas apenas em caso de falha do equipamento, o mesmo nos carros equipados com janelas com aberturas, não quebrar as travas das janelas e abri-las, isso impede a circulação ideal do ar dentro do coletivo.

Micro ônibus da Allibus Transportes - As cooperativas também estão comprando seus veículos já equipados com Ar Condicionado. 
Ônibus Padron com Ar Condicionado da Viação Gato Preto, apesar de possuir janelas com aberturas normais elas são travadas para garantir o bom funcionamento do equipamento.

Ônibus convencional da Express Transportes Urbanos, com janelas totalmente seladas e escotilhas de emergência.
Super Articulado com Ar Condicionado da Via Sul Transportes - atualmente um dos modelos "top de linha" do transporte paulistano.

São coisas simples que podem garantir o sucesso no uso de um equipamento que tem se tornado cada vez mais útil no transporte da cidade, pois nos dias mais quentes pode tornar a viagem mais agradável, como nos dias mais frios também, seguindo estas regras e tanto as empresas, como os usuários fizerem a sua parte e também a gestora fiscalizando e exigindo o bom funcionamento dos equipamentos, teremos tudo para evitar o fracasso que foi a primeira tentativa de implantar os aparelhos nos coletivos paulistanos.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

A reformulação do sistema de transportes na Zona Leste.


Setembro de 2013 foi um ano de grandes mudanças no transporte por ônibus na região leste de São Paulo, a região que sempre sofreu com a precariedade do sistema, com entradas e saídas de empresas, com a frota velha e mal conservada, ônibus superlotados e má conservação dos mesmos. Neste mesmo ano foi feita pela prefeitura de São Paulo através da SPTrans, a maior reformulação no transporte que a região já viu, com cortes de linhas, criação de novas linhas, redução de itinerários, utilização de terminais até a época subutilizados alinhadas a uma melhor eficiência do sistema de troncalização, fez melhorar e muito a qualidade do sistema de ônibus nesta região.

*Antes de setembro de 2013 – Panorama Geral

Antes da reformulação, o sistema como um todo era caótico, os principais fatores deste caos eram: Bairros com poucas opções de linhas diretas aos pontos de interesse, linhas longas com trajetos cansativos e muitas vezes desnecessários, frota que não atendia os requisitos básicos de oferta para suprir a enorme demanda, empresas que não conseguiam se manter devido a dificuldade de operação na região, principalmente em bairros mais afastados. Aliado a tudo isso, a falta de um sistema de troncalização eficiente, junto com a falta de faixas exclusivas e o transito complicado nas principais vias da região como a Radial Leste, Avenida Aricanduva e Avenida Conselheiro Carrão entre outras, tornavam a operação muito difícil, e contribuíam para a região leste ser a pior região de São Paulo no quesito mobilidade.

*Avenida Radial Leste no horário de pico da tarde.

  
Terminais de integração como Cidade Tiradentes e Vila Carrão, não ofereciam opções de integração eficiente como o princípio da troncalização pede, por exemplo: O Terminal Cidade Tiradentes foi construído para ser o ponto de partida das linhas da Cidade Tiradentes para o centro, estações de metrô e outros pontos de interesse. Desde a saída da Viação Cidade Tiradentes que utilizava o terminal desta forma, foram feitas diversas alterações deixando o terminal subutilizado, as linhas troncais como a 3539/10, 309T/10 e 3781/10 deixaram de sair do terminal, utilizando ele apenas como ponto de passagem, e as mesmas linhas cumprindo o papel de alimentadoras, atendendo as partes afastadas do bairro, aonde linhas como por exemplo: 3011, 3013 e 3015 foram canceladas por baixa demanda.

*Terminal Cidade Tiradentes


A Cidade Tiradentes é um bairro extremamente distante do centro de São Paulo e é o maior bairro em população da cidade, e não contava com um sistema eficiente de transporte.
Os ônibus eram extremamente lotados e seus trajetos eram longos e cansativos para passageiros e operadores, e as quebras e queima de partidas eram frequentes.

*Cidade Tiradentes, bairro do extremo leste de São Paulo, o maior e mais populoso bairro da cidade.


Outros distritos da Zona Leste sofriam do mesmo problema: Guaianazes, Itaquera, São Mateus, José Bonifácio e Artur Alvim, todos tinham opções extremamente problemáticas para se chegar ao centro, superlotação, altos intervalos e quebras eram uma constante.

*Itaquera-Brasil, a gota d’agua

A grande maioria das linhas problemáticas, eram operadas pela empresa Itaquera-Brasil, que nasceu da divisão de uma cooperativa, a Nova Aliança e assumiu a operação ainda com o nome de Novo Horizonte vencendo o lote 2 da licitação de 2007, que foi aberta emergencialmente após a saída do Consórcio Aricanduva, a Novo Horizonte e a Himalaia Transportes (que operou em caráter emergencial antes desta licitação com o nome de Viação Osasco) foram as vencedoras, formando o Consórcio Leste4.
No lote 1 que era operado pela Himalaia, estavam as linhas troncais que atendiam os bairros mais populosos como por exemplo a Cidade Tiradentes, e o lote 2 eram as linhas que já eram operadas pela Nova Aliança, que tinham menos demanda se comparadas as linhas da Himalaia, que investiu pesado trazendo ônibus de alta capacidade e articulados para operar as linhas mais lotadas, porém mesmo todo este investimento não foi suficiente para conseguir operar a região, e com um acordo de bastidores, em 2010 começaram os repasses de linhas e garagens para a Novo Horizonte, que herdou também vários carros da Himalaia. A cooperativa que até então era tida como uma aventureira e que se formou através da legalização do transporte clandestino em São Paulo, recebeu de bandeja a operação da área mais complicada da cidade e foi aí que o declínio começou: Má operação, falta de manutenção e atrasos constantes, carros operando com prazo vencido e compras de carros já usados de outras empresas, cancelamento de linhas sem prévio aviso.

  *Cenas como esta eram frequentes, passageiros tentando embarcar em ônibus da Itaquera Brasil no pico da manhã.

Essa situação se arrastou por longos 3 anos, até que a prefeitura também se via acuada, rescindiu o contrato com a Itaquera-Brasil, e alguns meses depois com todo o Consórcio Leste4, deixando a operação em caráter emergencial com as empresas: Ambiental (que já participava do consórcio com a saída da Himalaia), Express (o lote da Itaquera Brasil que não foi descredenciado), e contava também com a ajuda de empresas de outras regiões como a Vip Transporte Urbano, A Via Sul e a Sambaíba. Foi um período de incertezas, ninguém sabia o que realmente iria ocorrer, se estas empresas iriam assumir as linhas, ou se a Itaquera-Brasil iria voltar, foi nessa situação que a prefeitura anunciou a reformulação, que se deu em 21/09/2013.

*Com o descredenciamento da Itaquera Brasil, sua frota foi impedida de sair as ruas, e empresas como a Sambaíba ajudaram na operação trazendo seus carros para operar as linhas que estavam paralisadas.
 *A reformulação – início e primeiros meses de operação

No pacote de alterações de linhas, foram feitos cortes em muitas linhas longas, e extinção de algumas outras, tidas como importantes apesar de suas operações precárias, como por exemplo: 374T/10 – Cidade Tiradentes x Metrô Paraíso, 3391/10 e /31 – Terminal São Mateus x Terminal Pq. Dom Pedro II, 3129/10 – Conjunto Manoel de Nóbrega x Terminal Pq. Dom Pedro II e outras, o Terminal Cidade Tiradentes recebeu novamente as suas linhas alimentadoras que foram suprimidas pelas 3781/10, 309T/10, 3539/10, 3539/31, 3720/10, 3790/10 e voltou a ser ponto final das linhas troncais do bairro, houve reformulação das linhas também nos terminais Vila Carrão e São Mateus, aonde foram criadas novas linhas alimentadoras e troncais, abaixo a lista com as novas linhas criadas e as linhas que foram canceladas e encurtadas: 

*Novas linhas
  
4001/10 - Itaquera x Terminal Vila Carrão
4002/10 - Guaianazes x Terminal Vila Carrão
4003/10 - Prestes Maia x Est. Transf. Itaquera
4004/10 - Barro Branco x Terminal Cidade Tiradentes
4005/10 -  Barro Branco x Terminal Cidade Tiradentes
4006/10 -  Jardim Nova Vitória (Circular)
4007/10 - Cohab Juscelino x Terminal Carrão
4008/10 - Jardim Cibele x Terminal Carrão
4010/10 - Jardim Nossa Senhora do Carmo x Metrô Tatuapé
4011/10 - Jardim Limoeiro x Terminal São Mateus
4012/10 - Jardim da Conquista x Terminal São Mateus
4013/10 - Jardim Santo André x Terminal São Mateus
4014/10 - Jardim Vila Carrão x Terminal Vila Carrão
4015/10 - Jardim Rodolfo Pirani x Terminal São Mateus
4016/10 - Jardim Rodolfo Pirani x Terminal São Mateus
4017/10 - Metalúrgicos x Vila Yolanda
4018/10 - Metalúrgicos x Terminal São Mateus
4024/10 - Cohab Fazenda do Carmo x E. T. Itaquera
403A/10 - Estação José Bonifácio x Terminal Penha
407A/10 - Shopping Aricanduva x Largo da Concórdia
407C/10 - Inácio Monteiro x Penha
407E/10 - Jardim Santo André x Metrô Carrão
407F/10 - Terminal São Mateus x Metrô Belém
407G/10 - Jardim Nova Vitória x Metrô Carrão
407H/10 - Jardim São Francisco x Metrô Itaquera
407I/10 - Conjunto Manoel de Nóbrega x Metrô Bresser
407J/10 - Jardim Soares x Metrô Tatuapé
407K/10 - Terminal São Mateus x Metrô Carrão
407L/10 - Barro Branco x Metrô Guilhermina
407N/10 - Terminal Cidade Tiradentes x Metrô Penha
407P/10 - Terminal Cidade Tiradentes x Metrô Tatuapé
407R/10 - Terminal Vila Carrão x Metrô Belém
407T/10 - Jardim Redil x Metrô Itaquera
407W/10 - Jardim IV Centenário x Metrô Carrão
407Y/10 - Parque Savoy City x Metrô Vila Prudente
507T/10 - Terminal Sapopemba x Metrô Carrão
519M/10 - São Mateus x Museu do Ipiranga
4310/10 - E. T. Itaquera x Terminal Pq. Dom Pedro II
4311/10 - Terminal São Mateus x Terminal Pq. Dom Pedro II
4312/10 - Jardim Marília x Terminal Pq. Dom Pedro II
4313/10 - Terminal Cidade Tiradentes x Terminal Pq. Dom Pedro II
4314/10 - Inácio Monteiro x Terminal Pq. Dom Pedro II
4315/10 - Terminal Vila Carrão x Terminal Pq. Dom Pedro II
5110/10 - Terminal São Mateus x Terminal Pq. Dom Pedro II

*Canceladas

312T/10 - Guaianazes x Largo da Concórdia
3306/10 - Itaquera x Terminal Pq. Dom Pedro II
3303/10 - Prestes Maia x Terminal Pq. Dom Pedro II
3406/10 - Cohab Juscelino x Terminal Pq. Dom Pedro II
3407/10 - Inácio Monteiro x Terminal Pq. Dom Pedro II
3409/10 - Inácio Monteiro x Terminal Pq. Dom Pedro II
3222/10 - Jardim Marília x Terminal Pq. Dom Pedro II
2296/10 - Jardim Marília x Terminal Pq. Dom Pedro II
3124/10 - Cohab Fazenda do Carmo x Terminal Pq. Dom Pedro II
3129/10 - Conjunto Manoel de Nóbrega x Terminal Pq. Dom Pedro II
3354/10 - Jardim Colonial x Terminal Pq. Dom Pedro II
2191/10 - Shopping Aricanduva x Terminal Pq. Dom Pedro II
4120/10 - Barro Branco x Terminal Pq. Dom Pedro II
4339/10 - Cidade Tiradentes x Terminal Pq. Dom Pedro II
3391/10 - Terminal São Mateus x Terminal Pq. Dom Pedro II
3391/31 - Terminal São Mateus x Terminal Pq. Dom Pedro II
4301/10 - Cohab II x Praça da Sé
342A/10 - Conjunto José Bonifácio x Terminal Penha
374T/10 - Cidade Tiradentes x Metrô Paraíso
374T/21 - Cidade Tiradentes x Museu do Ipiranga
309T/10 - Cidade Tiradentes x Terminal Princesa Isabel
309N/10 - Jardim IV Centenário x Terminal Pq. Dom Pedro II
3065/10 - Cidade Tiradentes x Terminal São Mateus
3060/10 - Jardim Santo André x Terminal São Mateus
3060/51 - Jardim São Francisco x Terminal São Mateus
3056/10 - Jardim da Conquista x Terminal São Mateus
3701/10 - Jardim da Conquista x Metrô Belém
3059/10 - Vila Yolanda x Terminal São Mateus
3720/10 - Cidade Tiradentes x Metrô Tatuapé
3760/10 - Jardim Cibele x Metrô Tatuapé
3760/42 - Jardim  Nossa Senhora do Carmo x Metrô Tatuapé
3764/10 - Jardim Vila Carrão x Metrô Tatuapé
3070/10 - Jardim Limoeiro x Terminal São Mateus
3774/10 - Jardim Soares x Metrô Tatuapé
3754/31 - Jardim Redil x Metrô Itaquera
3790/10 - Barro Branco x Metrô Guilhermina
3771/10 - Terminal Sapopemba x Metrô Carrão
3221/10 - Parque Savoy City - Metrô Carrão
3066/10 - Vila Yolanda x Terminal Cidade Tiradentes
3775/10 - Jardim Rodolfo Pirani x Metrô Carrão

*Encurtadas

3462/10 - Vila Santana x Metrô Tatuapé
3574/10 - Jardim Etelvina x E. T. Itaquera
3574/31 - Jardim Etelvina x E. T. Itaquera
3574/41 - Vila Taquari x E. T. Itaquera
3539/10 - Cidade Tiradentes x Metrô Bresser


Mas com certeza a maior e mais impactante alteração foi a criação da linha 4310/10 – Estação de Transferência Itaquera x Terminal Pq. Dom Pedro II, linha que começou a ser operada já com potencial para alta demanda, veículos de alta capacidade e baixo intervalo, aliada a faixa exclusiva de ônibus inaugurada em todo o trajeto da Avenida Radial Leste, tornou ela em pouco tempo uma linha confiável com um grande potencial de expansão de demanda, seu trajeto é curto e direto utilizando a Radial Leste, e paralela ao metrô, ajudou também a muitos usuários do metrô migrarem para ela devido a sua boa operação, a 4310/10 marcou o corte de algumas linhas como a 3303/10, 3124/10, 3574/10, 3539/31, 3409/10 e 3462/10, os usuários dessas linhas passaram a ter ela como opção mais direta ao centro e com carros maiores, tendo em vista que estas linhas utilizavam apenas carros convencionais.


*21/09/2013 – Nasce a linha 4310/10, operando com veículos de grande porte (articulados e super articulados), se tornando o maior símbolo da mudança do serviço na Zona Leste de São Paulo.
*Ônibus Articulados reforçavam a frota da 4310 em seu início, nos dias de hoje estes carros não rodam mais na linha (salvo em dias problemáticos).
  
 *2016 – O que temos nos dias de hoje?

No começo a adaptação foi muito difícil pois afinal de contas as mudanças foram radicais e feitas todas de uma vez. Atualmente os usuários já estão acostumados e a grande maioria tem percebido que esta racionalização trouxe uma boa melhora para o sistema, a 4310/10 é a maior demanda da Zona Leste, e a 5º maior demanda de São Paulo, nos horários de pico opera com partidas a cada 3 minutos, sistemas de pré-embarque nos pontos inicial e final e ônibus bi-roletados, para facilitar o embarque nos pontos do trajeto. Outra linha que vale a pena citar é a 4313/10, que absorveu toda a demanda de Cidade Tiradentes até o centro de São Paulo, com a extinção da 4339/10, 4120/10, 4120/42 e da 309T/10, além do encurtamento da 3539/10 até o Metrô Bresser, opera também com carros de alta capacidade e intervalo baixo, a as faixas exclusivas na Radial Leste, Avenida Aricanduva e Ragueb Chohfi, colaboram para diminuir o tempo de percurso que é longo devido a distancia do bairro. Estas duas linhas se tornaram os símbolos de uma mudança que veio para melhor na região que sofreu tanto com transporte no decorrer dos anos.

*Faixa exclusiva da Avenida Radial Leste – peça chave para a diminuição dos tempos de percurso entre a Zona Leste e o centro.
 Hoje é possível concluir que o sistema cumpre bem o seu papel, até melhor que o já saturado sistema por trilhos e se as melhorias continuarem mais usuários dos trilhos poderão migrar para o ônibus, a “Golden Line”, apelido carinhoso dado pelos usuários a linha 4310/10 segue com crescimento de demanda, e a inclusão de novos ônibus com ar condicionado e a instalação de wi-fi nos mesmos, trouxe mais conforto para seus usuários, neste ponto a Prefeitura, SPTrans, Consórcio Plus e outros envolvidos na operação da linha estão cumprindo bem o seu papel, é claro que problemas acontecem, mas estão no caminho certo, o transporte na região evoluiu muito desde 2013 até os dias atuais, e tem potencial para evoluir mais.

*Novos carros da 4310/10 – Bi-roletados, com ar condicionado e wi-fi, viagens mais rápidas e confortáveis.